sábado, 31 de março de 2012

Aula #1

"Machuque os outros, machuque a si mesmo... chafurde na lama se for necessário, mas continue avançando. É assim que tem de ser..."
~ Evangeline A. K. McDowell

domingo, 11 de março de 2012

~ Ode ao Amor

Conheço o crepitar forte do teu olhar, as quinas do seu pensamento, cada fagulha brilhante do teu suspiro. Sei de cor e salteado cada uma das cores do teu perfume e conheço como ninguém a imensidão que seu olhar abriga.
Já sou íntimo de cada fio dos teus cabelos e deixo-me rir pela sua cara irritada ao vê-los bagunçarem. E assim como seu despentear, voltam em seu penteado habitual e cheio de encanto.
Conheço bem as cores do seu verão e quão prazeroso os ritmos dessa tua estação podem ser. Mas também sei como são tortuosos os teus invernos e o que se abriga na caverna mais escura e fria do seu coração.
Mas continuo a me aventurar em sua vivência, em seus medos e suas conquistas. Em dançar livre e refestelar-me com a graça e a suavidade que são teus risos tantos. E mergulhar cada vez mais fundo no teu perfume, no teu caráter, na tua alma.
E por fim, apaixono-me. Sem nem ao menos dar-me ao trabalho de pensar. Ou de contestar. E simplesmente... sinto. E sinto por não ser quem se a reserva a ti. E por não ser mais que uma de suas criaturas.
Mas agradeço e regozijo os momentos que tenho e que ainda terei ao seu lado, tão habitual em despertar em mim sentimentos tantos que, guardados em baús de sete chaves, adormeceram e teimam em acordar num bocejo para dormir outra vez, e afagar em mim um riso trancado, que oferto a ti com grande prazer.
A ti, criatura que anseio, desejo os melhores momentos do mundo, os melhores prazeres da alma e a surpresas mais grandiosas e coloridas. E desejo que os tenha ao meu lado, mesmo que viva nas sombras, mesmo que o coração não saiba se entregar por completo. E mesmo que encontre outros alguéns, ainda assim eu possa estar ao teu lado.
Para poder sorrir a cada conquista tua e orgulhar-me de ver quem você se tornou. E nada mais tenho a acrescentar nessas tortas e incompletas linhas, a não ser um agradecimento às tuas janelas azuis e ao solfejo alegre da tua existência em mim. Obrigado..."

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